Esse corpo grotesco, gustativo, sexual que foi exaltado nos anos 60, reverbera nos corpos de hoje assim como os corpos desses happenings das bicicletas, do branco que se propagou para além delas, dos protestos contra a máquina automotiva, contra a perda do espaço das ruas enquanto lugar dos encontros espontâneos, e tudo o que isso representava na vida da cidade. Da mesma forma, os contextos em que esses corpos se moveram também reverberam nos contextos de hoje. Isso ocorre, não de maneira linear, mas através das influências e contaminações, através das manifestações (não só na dança, mas nas artes em geral) que se fragmentaram, desapareceram e reapareceram, se ligaram, desligaram e religaram. As bicicletas brancas dos Provos continuam “ecoando” nas bicicletas públicas que existem em cidades européias como Viena, Paris e Barcelona e em movimentos como o que ocorreu este mês em Belém do Pará, onde o artista visual Murilo Rodrigues propôs uma intervenção urbana, utilizando-se de bicicletas que ele iria expor num evento, para dar um passeio pela cidade. Ele conclamou os moradores da cidade que fazem uso das bicicletas como meio de transporte, que pintassem suas bicicletas de branco e acompanhassem seu grupo. De certa forma, já fomos, já estamos instigados mesmo se não estivermos apercebidos disso. Ao experimentarmos nos laboratórios, movimentações, representações e possibilidades, a partir do estudo da vanguarda de 60, somos instigados pensar em como o processo de lá até aqui influiu em nossos corpos e em nosso contexto e em como este corpo agora se move neste contexto, o “contemporâneo”, que é aqui e agora, mas não somente, pois também envolve diversas composições de tempo e espaço, do que foi, do que é e, de certa forma, do que será. Isso abre o leque de possibilidades para expressarmos o singular, o minoritário e ao mesmo tempo o universal, neste tempo-espaço do virtual, do cruzamento de informações, de sons e imagens, tempo-espaço de tudo e de cada coisa, do micro e do macro, do pequeno e do grande, do hoje e do ontem, do aqui e do lá.
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Ao chegar no consultório o médico perguntou:
O que você sente?
Não sabia responder. Havia acordado naquele dia olhou para dentro e estava
oco. Algo o rasgav...
Zezas no Rio
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A passagem pelo Rio de Janeiro foi super bacana! Muitos dias de zezice
pelas ruas de Botafogo, Jardim Botânico, Catete e Uruguaiana - rotas de
hospedagem, ...
Esse corpo grotesco, gustativo, sexual que foi exaltado nos anos 60, reverbera nos corpos de hoje assim como os corpos desses happenings das bicicletas, do branco que se propagou para além delas, dos protestos contra a máquina automotiva, contra a perda do espaço das ruas enquanto lugar dos encontros espontâneos, e tudo o que isso representava na vida da cidade. Da mesma forma, os contextos em que esses corpos se moveram também reverberam nos contextos de hoje. Isso ocorre, não de maneira linear, mas através das influências e contaminações, através das manifestações (não só na dança, mas nas artes em geral) que se fragmentaram, desapareceram e reapareceram, se ligaram, desligaram e religaram. As bicicletas brancas dos Provos continuam “ecoando” nas bicicletas públicas que existem em cidades européias como Viena, Paris e Barcelona e em movimentos como o que ocorreu este mês em Belém do Pará, onde o artista visual Murilo Rodrigues propôs uma intervenção urbana, utilizando-se de bicicletas que ele iria expor num evento, para dar um passeio pela cidade. Ele conclamou os moradores da cidade que fazem uso das bicicletas como meio de transporte, que pintassem suas bicicletas de branco e acompanhassem seu grupo. De certa forma, já fomos, já estamos instigados mesmo se não estivermos apercebidos disso.
ResponderExcluirAo experimentarmos nos laboratórios, movimentações, representações e possibilidades, a partir do estudo da vanguarda de 60, somos instigados pensar em como o processo de lá até aqui influiu em nossos corpos e em nosso contexto e em como este corpo agora se move neste contexto, o “contemporâneo”, que é aqui e agora, mas não somente, pois também envolve diversas composições de tempo e espaço, do que foi, do que é e, de certa forma, do que será. Isso abre o leque de possibilidades para expressarmos o singular, o minoritário e ao mesmo tempo o universal, neste tempo-espaço do virtual, do cruzamento de informações, de sons e imagens, tempo-espaço de tudo e de cada coisa, do micro e do macro, do pequeno e do grande, do hoje e do ontem, do aqui e do lá.