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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Lab de Corpo II - Relatório I (visita à Igreja Universal) - Sol

A primeira Saída Técnica realizada pela turma do Laboratório de Corpo II 2009.2, foi realizada na Igreja Universal do Reino de Deus, em 20/09/09. Local escolhido para que estudássemos a comunicação corporal dos corpos inseridos especificamente nesse contexto religioso. A Universal é conhecida por sua rápida disseminação mundial, como também, grande contingente de apreciadores, além de ter edificações exuberantes, muitas vezes vistas como exageradas, na ostentação de seus mármores, cúpulas, pilastras com pé direito enorme. No caso específico da que foi visitada, esta chega ao ponto de competir, em tamanho, com o Shopping Iguatemi, um dos maiores da cidade de Salvador. Para essa Saída, foi decidido, em sala de aula, que o encontro dos alunos com a professora seria primeiramente na porta principal do Shopping Iguatemi às 09:30h da manhã. O objetivo foi possibilitar os encaixes das estratégias para a entrada na Igreja, bem como, relembrar os pontos importantes a serem observados durante a estada na mesma, como também, o tempo de permanência no local. De início, estávamos com uma mistura de sensações de ansiedade, medo, curiosidade e receio. Foi comentada a preparação prévia de cada um para tentar ir vestido com roupas adequadas para esse momento. Alguns detalhes de ombros de fora foram resolvidos na própria entrada do shopping, com o empréstimo de canga entre os próprios alunos. Assim, após os últimos retoques e imaginação de possíveis represálias, seguimos em direção ao local escolhido. Como o objetivo era entrar de forma despercebida pelos demais integrantes da mesma, acordamos que entraríamos separados em duplas ou sozinhos, para que cada um se posicionasse em um lugar diferente. Entrei com Luna sem dificuldade, e sentamos na metade para frente do salão. Fomos assessoradas por um “obreiro” - nomenclatura dada para os funcionários que auxiliam no funcionamento das atividades durante a realização da missa. Enquanto estávamos sendo encaminhadas pelo grande corredor central da Igreja aos nossos acentos, nos deparamos com um grande número de obreiros correndo em nossa direção, com papéis que seriam distribuídos para que as pessoas se ajoelhassem para rezar, ou algo parecido. As pessoas esperavam ansiosas por este papel. Entendi que aquele “ato de reza” foi como um momento de Catarse - limpeza, depuração, purificação – dos seguidores, em que as pessoas gritavam, batiam as mãos nas cadeiras, balançavam o corpo com movimentos repetitivos, não sendo possível identificar o que falavam. Após isso, todos sentaram. Foi observado um padrão corporal submisso entre os freqüentadores deste local. Os olhares eram atentos ao líder/pastor, que articuladamente conectava os assuntos de forma envolvente e opressora, envolvendo a culpa como elemento incentivador para adesão dos fiéis. As pessoas atendiam aos estímulos dados pelo pastor, existindo uma série de práticas que significavam as respostas ao líder: levantar as não, dar uma palma em sinal de atenção, levantar, gritar, etc. A pessoas se mostraram treinadas e atentas. O foco era o de se manter concentrado ao que Guia estava falando, existindo mecanismos/estímulos para que todos se mantivessem conectados a essa rede.

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