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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lab de Corpo II - Relatório dos Relatórios II (Âncora do Marujo) - Sol

A segunda visita de campo foi realizada no Bar e Casa de shows Âncora do Marujo, localizado na Avenida Carlos Gomes, no dia 29 de setembro de 2009 as 23h20minh .

O local tem a fachada de uma casa, que durante o dia pode ser confundida com as demais casas residenciais da avenida. À noite, a varanda da casa acende uma luz verde, onde pequena quantidade de pessoas se aglomera antes do início das apresentações. O grupo foi bem recebido pelas pessoas que estavam em frente à casa, como também, pelos funcionários do estabelecimento.

Foi observado que a platéia era composta por pessoas das mais variadas idades e classes sociais: Homens e mulheres, homossexuais ou não, além de alguns poucos homens travestidos. Foi percebido que grande parte dos visitantes eram assíduos, conhecidos das intérpretes e dos donos do local.

O show apresentado nessa noite foi “O Caldo da VaGinna” realizado por duas protagonistas, Valérie e Ginna que além de interpretarem músicas fazendo dublagem, também interagiram com o público e desenvolveram uma espécie de show cômico, parados no palco e/ou circulando entre a platéia. As duas personagens tinham comportamentos e caracterizações bem diferentes, enquanto uma era bastante delicada e cuidadosa na fala, a outra era exagerada tanto na maquiagem quanto nas expressões utilizadas em sua performance. Durante o show denominado “O caldo da VaGinna” caldos foram distribuídos aos espectadores, com o objetivo de descontrair e entreter a todos, o que realmente acontece com sucesso.

A estudante Natália Matos inicialmente se questionou se a apresentação poderia ser considerada como arte, já que a mesma entendia o transformismo como uma imitação, em que o individuo observa e imita determinada personalidade ou personagem. Porém ela percebeu que seria mais que isso, o transformista interpreta, e empresta sua carga emocional à obra apresentada dando um caráter performático, e quando essa imitação é de dublagem artística combina suas emoções a da voz original, dando a impressão de que se está vendo e ouvindo alguém tão bom quanto o cantor. Confirmando com o que foi assistido, o interprete passou toda emoção sem o uso da sua voz, usando apenas o corpo, o gestual e principalmente a sincronia entre as palavras da canção e o mover dos lábios.

Notou-se corpos masculinos transformados em femininos temporariamente, um festival de adereços exagerados (perucas, seios de borracha, excesso de maquiagem, enchimentos e acessórios) que faziam desaparecer as conotações masculinas presentes nesses corpos.

Não ocorreram brigas ou desentendimentos, nem demonstrações de preconceito durante o período em que o grupo esteve no estabelecimento.

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