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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Visita ao Iguatemi_isaura

No dia 5/10 fomos ao Iguatemi por sugestão da colega Sol, com o objetivo de observar a iluminação do local nos diferentes andares na relação com os corpos transeuntes nesse espaço. Encontramos-nos na praça de alimentação e logo nos dividimos em pequenos grupos para derivar nesse ambiente comercial e de lazer.

Alguns pontos de observação foram sugeridos além da iluminação como, por exemplo, a distinção de classes entre o primeiro segundo e terceiro piso do shopping, visíveis na sua estruturação de lojas e atrativos em geral, assim como, nos corpos ali presentes.

Dessa maneira, derivamos nesses espaços e a cada piso em que circulávamos ficava claro as relações estabelecidas pelo ambiente, um agravante disso era que nesse dia o primeiro piso estava em reforma o que gerava uma iluminação mais escura p/ o local, este mesmo piso é de fácil acesso por ser a principal entrada para os pedestres, deparando-se de imediato ao entrar com o banco de um lado e do outro, as lojas americanas, entre outras lojas mais populares como C&A (lembrando que esse lugar situa-se numa das mais movimentadas vias urbanas da cidade).

O que ficou mais presente das nossas observações foi: a diferença na quantidade de pessoas em cada andar sendo o primeiro mais populoso que os outros; as pessoas claramente distintas em casses, no terceiro piso onde situa-se o cinema, livraria e piano encontramos pessoas bem vestidas e poucos negros entre lojas e cafés de “luxo”, com piso e iluminação distintos; sendo o ápice dessa observação os banheiros que no terceiro piso tinha salinha para espera com sofá redondo, muitos espelhos e climatização, o do segundo piso, diria que mediano, sem luxo mais utilizável, já o do primeiro piso remetia aos meus tempos de escola pública, claramente mal limpos com pias pequenas das mais comuns, assim como o piso e as paredes de mais baixa qualidade em materiais.

Essa experiência me fez pensar em quais parâmetros foram estabelecidos na construção desse ambiente muito bem localizado entre empresas, rodoviária e comércio em geral, se essa divisão de baixo para cima foi de fato pautada na divisão de classes de maneira tão claramente/propositalmente separatista, sem duvida isso não é tão novo se tratando de shoppings, mas não deixa de ser assustador e desrespeitoso com os corpos que transitam apenas no primeiro e segundo piso.

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