RÁDIO

domingo, 29 de novembro de 2009

Relatorio do Pagode - Por Natalia Mattos

Visita realizada dia 23/10/2009 com encontro previsto na Escola de Dança da UFBA, logo após o espetáculo Mobius do Grupo de Dança Contemporânea. Saímos de lá com destino ao Píer da Ribeira divididos em dois carros.

Chegamos ao local destinado aproximadamente 22:30h. Na frente do Píer alguns carros com o porta malas abertos, em cada carro um som de banda diferente, todos tocavam pagode. O que mais me chamou atenção foi um carro que estava do outro lado da rua, porem mais próximo de nós, nele tocava a banda “A Bronca” um dos mais novos sucessos do pagode baiano.
Minutos depois ficamos sabendo que a SUCON tinha cancelado o Show do “Troco” que seria no Píer da Ribeira. Foi quando Thiago sugeriu que fossemos para o Paty Music, localizado no bairro de Roma, numa transversal do Caminho de Areia. Local aparentemente tranqüilo na mesma rua Escolas, funerárias, igrejas, “hoteis” e casas residenciais.
Para entrar no Paty Music tinha que comprar o ingresso no valor de 10 reais, depois passar pela vistoria. Entrei no local um pouco desconfiada, observando tudo e todos a minha volta, ou seja, vi um ambiente consideravelmente arrumado porem freqüentados por pessoas feias, logo resolvi beber para entrar no clima. Estava tocando uma banda de Partido alto, cujo o nome não lembro, mas em poucos minutos já me sentia em casa.

Pós a Banda de Partido, começava o show de Lu Costa, ex vocalista da banda Nossa Juventude. Sinceramente não vi muita baixaria na forma de dançar das pessoas ali presente, exceto duas garotas que chegavam a joelhar se no chão molhado, com as pernas abertas o que dava um caráter extremamente sensual ou baixo astral a depender de quem ver.

Contudo, se eu fizer uma análise qualitativa do que se refere o "pagode" tenho que concordar e admitir que o pagode baiano tem como ênfase o erotismo e as letras de duplo sentido, que sugerem ato sexual. Porem saliento que é preciso perceber que essa são novas tendências que a musica popular brasileira aborda faz parte de uma nova geração, além disso, quando as letras trazem temas polêmicos sociais, ou para muitos letras de “baixo nível”, não se perde a alegria de dançar e rebolar, coisas que o baiano adora, e segue forme e forte a cada ano em novas experimentações, não deixando que críticos “ marrentos” derrubem essa cultura popular. Cultura popular a qual faço parte e deixo questões como: O que os críticos querem? Musica clássica de sempre? O que a Bahia viva o tempo todo sob o som de Dorival?
Nada contra a Dorival, mas acredito numa Bahia multifacetada e com uma cultura riquíssima.

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